Prédio que abriga Museu de Taió é tombado

O prédio onde hoje está instalado o Museu Páleo-Arqueológico e Histórico Prefeito Bertoldo Jacobsen, no Município de Taió, é uma das poucas e imponentes edificações dos anos de 1930 que resistiu ao tempo. Construída em 1937 para servir de residência à família de Leopoldo Jacobsen, colonizador e comerciante de Taió, a casa chama a atenção pelas linhas tipicamente germânicas, um belíssimo chalé em localização privilegiada no centro de Taió. Ela foi edificada em um terreno naturalmente alto dentro do centro e nunca passou pelo transtorno das enchentes, fator que favoreceu a conservação da estrutura do prédio.

 

Em meados dos anos de 1940 a casa se tornou o primeiro hospital de Taió, que posteriormente teve uma ampliação ao lado, e depois anexada a casa, servindo essa edificação para o mesmo fim. Funcionou como hospital até inicio dos anos 1990, quando o então Hospital São Francisco de Assis interrompe as atividades no local. Toda a estrutura permaneceu sem uso até inicio de 2000, quando a Prefeitura adquiriu a estrutura para no local funcionar a Secretaria de Saúde.

 

A parte mais antiga do conjunto arquitetônico (a casa de 1937) foi reservada para abrigar o Museu Páleo-Arqueológico e Histórico do Município, inaugurado em 18 de dezembro de 2004.

 

Marina Feliciano Peicher, Diretora do Museu, ressalta que esta solicitação foi apresentada diretamente ao Prefeito Almir Guski, que de prontidão realizou o ato. Ela frisa que o principal objetivo deste tombamento é a preservação da estrutura com suas características originais, além da busca por um futuro tombamento a nível estadual, nacional, ou até mesmo através da UNESCO, uma hipótese ainda distante. “Este Patrimônio juntamente com outros do Município, serão submetidos ao projeto ‘Horizontes do Patrimônio Pioneiro Catarinense’, onde através de um inventário será feito todo o levantamento dos patrimônios históricos catarinenses, para se ter noção das construções que poderão ser tombadas a nível estadual. Portanto este será nosso próximo passo”, frisou.

 

A estrutura se junta à Casa Adele Glatz e à Ponte Roberto Machado, outros dois bens arquitetônicos e históricos tombados pelo Município.