Taió – Obra-prima do Deus Criador, maravilha do nosso Brasil

69 anos. Idade de alguém experiente, e que tem muita história para contar. Queremos aqui registrar um pouco desta história que começou a ser escrita à mais de 100 anos, principalmente por colonizadores alemães e italianos, e que hoje é escrita por mim e por você, dia após dia, capítulo após capítulo.

 

O município de Taió cresceu dentro de um vale riquíssimo em madeira de lei. Por isso, em 1895, a Companhia Salinger, de Blumenau, recebeu do Governo do Estado uma concessão de 225.000.000 m², que foi depois dividida em lotes e adquirida pelos primeiros moradores alemães que vieram ao Município de Taió.

 

A primeira grande atividade econômica foi a extração de madeira, tanto que em todas as valadas foram construídas serrarias. Outra atividade que desenvolveu nos primórdios da colonização foi o plantio de aipim. Desta forma, dois grandes ciclos de desenvolvimento econômico deram um rápido crescimento à povoação de Tayó (na época escrito com y): o ciclo da madeira e o ciclo das féculas.

 

Por força deste crescimento, em 1927, o governo de Blumenau aprovou uma lei transformando a Vila de Tayó em distrito, sendo instalado em 07/09/1929, com a presença do Dr. Adolfo Konder, Presidente da Província de Santa Catarina. Da mesma forma, a transformação do distrito em município, em dezembro de 1948, ainda foi obra deste crescimento econômico.

 

No dia 02 de fevereiro de 1949, Bertoldo Jacobsen tomou posse como primeiro prefeito do novo município, nomeado para esta função até a eleição para prefeito e vereadores. Em 01/10/1949, tomou posse o primeiro prefeito eleito, Alfredo Cordeiro, e a primeira legislatura da Câmara Municipal de Taió, constituída por estes vereadores: Ewald Otto Heidrich, Severino Piazza, Saturnino Schweitzer, Lindo Lenzi, Alberto Petri, Edmundo Ern e Eurico Pasold.

 

Os prefeitos de Taió foram, pela ordem: 1. Bertoldo Jacobsen (12/02/1949 a 30/09/1949); 2. Alfredo Cordeiro (01/10/1949 a 30/09/1954); 3. Walter Schmitz (01/10/1954 a 30/09/1959); 4. Ingo Hosang (01/10/1959 a 30/09/1964); 5. Moacir Bertoli (01/10/1964 a 31/01/1966); 6. Hercilio Anderle (01/02/1966 a 31/0/1970); 7. Moacir Bertoli (01/02/1970 a 31/01/1973); 8. August Hinrich Purnhagen (01/02/1973 a 31/01/1977); 9. Harry Leopoldo Gomes (01/02/1977 a 31/01/1983); 10. João Machado da Silva (01/02/1983 a 31/12/1988); 11. Ademar Dalfovo (01/01/1989 a 31/12/1992); 12. Nelson Goetten de Lima (01/01/1993 a 31/12/1996); 13. Erna Heidrich (01/01/1987 a 28/05/1999); 14. Lino João Dell’Antonio (28/05/1999 a 31/12/2000); 15. Horst Gerhardt Purnhagen (01/01/2001 a 31/12/2004); 16. José Goetten de Lima (01/01/2005 a 31/12/2008); 17. Horst Gerhardt Purnhagen (01/01/2009 a 28/08/2009); 18. Ademar Dalfovo (28/08/2009 a 31/12/2012); 19. Hugo Lembeck (01/01/2013 a 31/12/2016); 20. Almir Reni Guski (01/01/2017 a 31/12/2020).

 

Em 31/05/1959, o Governador Heriberto Hülse esteve visitando Taió com a missão de instalar a Comarca de Taió. O primeiro Juiz da Comarca foi o Dr. Wladimir d’Ivanenko. Com a instalação da Comarca em Taió, entraram em funcionamento também os cartórios de Registro Civil e do Registro de Imóveis, além do Cartório Judicial e dos Tabelionatos.

 

As féculas e as serrarias já não existem mais, os comerciantes da década de 20 fecharam as suas portas e o plantio dos primeiros agricultores já se tornou obsoleto. Novas indústrias surgiram, um novo polo comercial se estruturou na cidade e uma agricultura diversificada trouxe mais tranquilidade para os agricultores.

 

Ao ciclo da madeira e das féculas agregou-se o ciclo do plantio do fumo em folha e o ciclo do arroz. Novas alternativas econômicas surgiram, como as indústrias de papel e celulose, o setor metalomecânico, o setor da indústria alimentícia, o setor da indústria de nutrição animal, as agroindústrias, as facções, as granjas, tudo isso faz com que os dados econômicos do setor primário, do setor secundário e do setor terciário tragam números positivos para o município.

 

A soma desta pujança econômica engrandeceu o nosso município.

 

Hoje, após 100 anos desta colonização, e nos 69 anos de emancipação, dizemos com orgulho nas palavras do poeta Lírio Luiz Volpi: “O progresso que hoje floresce na indústria, nas lojas, nos prados, é o fruto que muito enaltece o trabalho de homens honrados”.

 

Parabéns, Taió!