Prefeitura Municipal de Taió se manifesta sobre CPI do Britador

Após a divulgação da notícia pela Câmara de Vereadores de Taió sobre a conclusão dos trabalhos da CPI que investiga a compra do britador móvel, a Prefeitura Municipal vem a público se manifestar sobre o parecer emitido pelo Poder Legislativo.

De acordo com o Prefeito Hugo Lembeck os itens apontados no relatório emitido pela Câmara são inconclusivos. “Tive a oportunidade de ler o relatório emitido e confesso que achei os pontos expostos bastante inconclusivos. Os vereadores acusam, inclusive, nossos funcionários de receberem propina sobre o valor da compra do britador, não tem provas nenhuma de que isso realmente aconteceu e reconhecem no ponto 21 do relatório da CPI a fragilidade dessa tese. Vamos esperar o parecer oficial sobre o assunto, para que as medidas cabíveis possam ser tomadas, mas é bastante triste saber que alguns dos vereadores eleitos em nossa cidade procuram o tempo todo prejudicar a Administração Municipal, sem se darem conta de que com isso prejudicam diretamente a população da cidade. A compra do Britador foi feita de forma totalmente legal e o equipamento tem sido muito importante para os trabalhos de manutenção de nossas estradas”, ressalta.

Outro ponto a ser questionado sobre a CPI montada para averiguar a compra do britador móvel está na assessoria jurídica contratada para dar andamento ao processo. A Câmara de Vereadores de Taió pagou à empresa WLG (iniciais de Werter, Lunelli e Granemann) a quantia de R$ 25 mil, para que analisasse e averiguasse as denúncias sobre a suposta compra irregular. A contratação da empresa responsável pela investigação foi realizada através de licitação por carta convite, mas o fato questionado é que a empresa WLG pertenceu até o mês de maio de 2014 ao assessor jurídico da Câmara de Vereadores, Fábio Lunelli. Na data em questão, a sociedade da empresa foi passada ao advogado Davi Bértoli, que trabalha para Lunelli num escritório de advocacia mantido pelo próprio.

Outra questão na construção desse relatório da Câmara sobre a CPI do Britador, foi que a pessoa que prestou o serviço pessoalmente, comparecendo à Câmara de Vereadores em quase todos os trabalhos da CPI, é Nilson Werter, figura conhecida em Taió e que atualmente ocupa o cargo efetivo de Controlador Interno no município de Braço do Trombudo. Durante o período de outubro a dezembro de 2014, quando as investigações sobre o britador foram feitas e a empresa WLG foi contratada, Werter foi quem prestou todos os serviços de assessoria jurídica à Câmara, todos realizados em horário normal de expediente, quando o funcionário deveria estar cumprindo horário dentro da Prefeitura de Braço do Trombudo. “O estatuto dos servidores de Braço do Trombudo proíbe que servidores públicos sejam sócios majoritários de empresas, o que significa que Werter além de não estar cumprindo com o expediente de trabalho, ainda infringiu a lei municipal da cidade. Ao invés de concluir os trabalhos da CPI e espalhar aos quatro ventos que ocorreram irregularidades sem provas concretas das acusações feitas, a Câmara de Taió deveria tomar cuidado com as próprias ações tomadas”, explica o Assessor Jurídico da Prefeitura, Marco Vinícius Pereira de Carvalho.

Assessoria de Comunicação: Karolina Bonin